Na manhã desta quinta-feira, dia 14, Dom Manoel Delson presidiu a Santa Missa pelos 30 dias do falecimento do Arcebispo Emérito da Paraíba Dom Aldo di Cillo Pagotto. A missa foi transmitida pelo facebook e contou com centenas de telespectadores. “Neste tempo angustiante de COVID-19, de pandemia e isolamento social, vimos passar velozmente 30 dias da morte de Dom Aldo. Como Arcebispo da Paraíba, presido no Seminário da Arquidiocese a missa de 30º dia pelo descanso eterno de Dom Aldo, unindo-nos à sua família, à Congregação dos Padres Sacramentinos, a todos os fieis da Arquidiocese e aos amigos dele”, disse Dom Manoel Delson.
Dom Delson relembrou a trajetória de Dom Aldo pela Arquidiocese. “Seu pastoreio de 12 anos a esta Arquidiocese foi marcado por muitos avanços e outros recuos, como é próprio de quem faz parte da história. Ele ordenou mais de 60 sacerdotes, numa Igreja Particular carente de ministros ordenados; a Festa de Nossa Senhora da Penha cresceu; as comunidades novas se organizaram e algumas foram reconhecidas. Todos estamos a serviço do Evangelho e o Espírito Santo usa-nos como seus instrumentos. Dom Aldo foi um instrumento de Deus nesta Arquidiocese.”
Sobre a pessoa de Dom Aldo, Dom Delson ressaltou os aspectos do arcebispo emérito: “religioso Sacramentino, sacerdote, bispo, arcebispo, missionário, anunciador da Palavra de Deus, com seu jeito único de ver as coisas e de ser. Homem de inteligência singular, dado à leitura, sensível, amante da música (cantava, tocava…), defendia com unhas e dentes suas convicções e pagou um alto preço por isso; sofreu e adoeceu, talvez por conta de tanto sofrimento, que ele mesmo causara e que outros lhe causaram. Posso testemunhar que, na sua consciência, Dom Aldo buscava o melhor para si e para a Igreja, mas muitas vezes as circunstâncias o traiam e ele não conseguia lidar com estas realidades conflituosas de modo natural”.
Finalizando, Dom Delson fez agradecimentos em prece ao irmão falecido. “Receba da Arquidiocese da Paraíba a nossa gratidão por tudo, pelas alegrias e tristezas, pelas conquistas e recuos, pelas amizades e a falta delas, pela sinceridade e pela sua ausência. Deus seja louvado por tudo, pela vida e pela morte, pela saúde e pela doença, pela leveza e pelo peso, pela luz e pela trevas, pelo amor e pela sua carência”.
Dom Aldo di Cillo Pagotto morreu no dia 14 de abril, após ser infectado pelo novo Covid-19. O Arcebispo vinha realizando tratamento contra o câncer na cidade de Fortaleza, onde residia com irmãos da congregação dos Sacramentinos. Natural de Santa Bárbara D’Oeste (SP), foi sagrado Bispo no dia 31 de outubro de 1997 e pastoreou a Diocese Sobral como coadjutor entre 1997 e 1998, depois assumindo como Bispo titular, onde ficou até o ano de 2004. Foi Arcebispo da Paraíba de 2004 a 2016.
ARQUIDIOCESE DA PARAÍBA
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