sábado, 23 de maio de 2020

Covid-19: Igreja cede seminário em Mosul para apoio a pacientes

A Arquidiocese Católica Siríaca de Mosul disponibilizou quase meia centena de quartos nas instalações do antigo seminário patriarcal para pessoas infectadas com o coronavírus. Ao todo, são 48 quartos individuais que se destinam aos pacientes que necessitam de um simples acompanhamento médico ou apenas para um período de quarentena.
A decisão reflete a preocupação dos responsáveis católicos por toda a comunidade, independentemente da religião que possam professar, e é um sinal ainda do regresso a alguma normalidade após os tempos em que a região esteve debaixo do controle dos jihadistas do Estado Islâmico com consequências devastadoras para a região e muito particularmente para a comunidade cristã.
Depois da libertação do jugo jihadista, ficou por concretizar todo um imenso trabalho de reconstrução de igrejas, paróquias, capelas e casas dos cristãos. Nada escapou à passagem dos terroristas. Praticamente todos os edifícios ligados à comunidade cristã ficaram com marcas de violência e ódio. Por isso, a cedência agora dos quartos do seminário para a convalescença dos doentes com coronavírus é, acima de tudo, um sinal do empenho também da comunidade cristã na construção de um futuro de harmonia.
Mas há ainda muito por fazer. A Fundação AIS está profundamente empenhada no trabalho de recuperação dos templos e das casas dos cristãos como forma a garantir a permanência da comunidade no país.
Ainda no final do ano passado, Philipp Ozores, secretário-geral internacional da Fundação AIS, visitou a região da Planície de Nínive para anunciar o início de uma nova e importante fase de reabilitação de igrejas e de outras propriedades pertencentes às dioceses, precisamente com o objetivo de restaurar um sentimento de segurança que facilite aos cristãos o regresso às suas casas e aldeias.
A Fundação AIS já apoiou diretamente a recuperação ou reconstrução de mais de 2 mil casas de cristãos em localidades como Baghdeda, Bartella, Tesqopa, Karamless, Bashiqa e Bahzani. Isto representa cerca de 37% do total das habitações que foram danificadas ou mesmo destruídas durante o furacão jihadista.
Mas é necessário prosseguir com este caminho. Como sublinhou Ozores nessa viagem no ano passado ao Iraque, é preciso restaurar a confiança dos cristãos. Falando aos membros do Comitê de Reconstrução de Nínive, que reúne responsáveis da Igreja Caldeia, a Igreja Católica Siríaca e a Igreja Ortodoxa Siríaca, o secretário-geral internacional da Fundação AIS reafirmou então o compromisso neste projeto. “Estamos convosco e permaneceremos convosco no Iraque.”
Entre os vários templos que irão ser recuperados e devolvidos ao culto, está a Igreja de Al-Tahira, considerada a maior igreja do Iraque, em Baghdeda, a maior cidade cristã iraquiana. A Fundação AIS irá financiar também o restauro do interior do templo que ficou profundamente danificado pelos jihadistas do Daesh.

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